A lenda dos amantes da Pedra do Tendó teve sua gênese na Serra do Teixeira, uma formação montanhosa usada pelos tropeiros como ponto de apoio durante a viagem de comerciantes que seguiam destino a cidade de Patos, distante dali cerca de 25 km ou mesmo com destino ao estado de Pernambuco.
Conta a história que Ramiro, noivo de Juliana, teria flagrado a sua amada em um romance secreto sobre a Pedra de Tendó justo com seu irmão, Clarindo. Assustados com o flagrante, os amantes tentaram em fuga, porém, Ramiro alcançou seu irmão Clarindo com o desfecho de uma briga muito feróz, que ocasionou a queda de Clarindo do penhasco.
Contam os antigos que Ramiro não teve mais sossego depois desse acidente, tendo desaparecido. Juliana muito tempo procurou o corpo do amado no penhasco, sem nunca ter achado, e morreu sozinha em desgosto.
Tempos depois, caçadores teriam encontrado trapos de pano, servindo de ninho às aves da redondeza. Esses caçadores afirmaram que seriam restos das roupa do rapaz traído, porém, muitos discordam dessa versão e atribuem os restos de roupa ao irmão que caiu do penhasco.
Segundo narram os crédulos, em noite de lua cheia, aparece longe a imagem de um casal passeando sobre a rocha. Em outro lugar, surge uma figura lamentando-se da traição sofrida e do compleco de culpa por ter provocado o acidente e a morte dos entes queridos.
Em outra versão, em noite de lua cheia avista-se a noite na Pedra do Tendó o vulto de uma mulher entre os penhascos, onde acredita-se que seja Juliana procurando até hoje o corpo do se amado Clarindo.